Nos dias 18, 19 e 20 de novembro de 2024 será realizado, em Toulouse, França, o VI Colóquio Científico Internacional “Mediação e novos usos sociais e educativos da informação”. A chamada de trabalhos encontra-se aberta.
6º Colóquio Científico Internacional
MUSSI 2024
18-19 e 20 de novembro de 2024
Local: ENSFEA Toulouse, França
2 route de Narbonne
31326 Castanet-Tolosan
Mediação e novos usos sociais e educacionais da informação
Organizado por :
CHAMADA DE TRABALHOS
Atenção: prazo prorrogado até 15/06/2024
A Rede MUSSI, Rede Franco-Brasileira de Pesquisadores em Mediação e Usos Sociais de Saberes e Informação, estabeleceu a tarefa de fortalecer e ampliar a colaboração científica e as atividades entre a França e o Brasil, organizando uma série de colóquios internacionais e jornadas científicas. O objetivo é criar fóruns de debate que levem em conta os diferentes aspectos culturais, sociais, educacionais, científicos e econômicos dos dois países e aproximá- los do trabalho de pesquisadores de outros países.
MUSSI reúne pesquisadores brasileiros e franceses que atuam nos campos da informação, comunicação, documentação e áreas afins, interessados em temas de pesquisa que combinem os aspectos epistemológicos, teóricos, metodológicos e aplicados da informação com os interesses e necessidades da sociedade. Seu objetivo é promover a pesquisa, o treinamento e o intercâmbio entre pesquisadores e estudantes, incentivando o estabelecimento de vínculos institucionais e científicos entre grupos, laboratórios de pesquisa e programas de doutorado no Brasil e na França.
Este 6o. Colóquio Científico Internacional abordará o tema « Mediação e os novos usos sociais e educacionais da informação », dando continuidade ao Dia da Ciência de 2021.
A questão da alfabetização informacional é crucial na atual sociedade do imediatismo, em que os processos de mediação muitas vezes não são muito transparentes. A revolução digital está definindo um novo cenário informacional (Libmann e Mesguich, 2013) que está em constante evolução e no qual, por trás da hiperacessibilidade da informação, há muitas questões ligadas à função e ao status do documento e do arquivo, aos usos da informação e como apoiá-los, ao desenvolvimento do ensino e da aprendizagem nesse ambiente informacional e ao desenvolvimento de práticas informacionais especializadas. De modo mais geral, é a própria noção do dispositivo de infocomunicação como um conjunto de elementos inter-relacionados que apoiam a mediação documental e um local para a interação humana em torno da informação (Couzinet, 2009) que está sendo questionada. O que nós, das Ciências da Informação e Comunicação (CIC), chamamos de mediação permite “construir uma proposta de diálogo e de aproximação de identidades que são percebidas como estrangeiras e capazes de se entenderem umas às outras” (Jeanneret, 2008). Desde a década de 1980, a Ciência da Informação no Brasil tem sido marcada por uma preocupação crescente em compreender o “fenômeno” ou “objeto informação” em seus contextos histórico, social, econômico, político e cultural e, ao mesmo tempo, em dar respostas operacionais ao “imperativo tecnológico”. Este último, baseado em discursos que refletem as necessidades do capital, tem sido reforçado no campo pelas novas mídias e tecnologias de comunicação
(Freitas, 2001), responsáveis por estabelecer “novas mediações” na produção, organização e acesso aos documentos
informacionais (Martins, 2019).
No entanto, ao fazer parte de um ambiente comunicativo e dessa globalidade complexa, os gestos mediadores sobre a informação lutam para facilitar as relações com o conhecimento em dispositivos digitais que promovem novos usos sociais da informação. A informação opera, transforma, propõe e participa da circulação de objetos de conhecimento, o que ajuda os usuários a construir seu próprio conhecimento. “A utilidade da informação é duradoura quando ela constitui um elemento do conhecimento que toda pessoa “instruída” possui e enriquece constantemente. Por conhecimento, entendemos um corpo organizado de conhecimento acumulado e durável, ou seja, conhecimento que permanece válido e utilizável em casos semelhantes em momentos diferentes. A posse de conhecimento nos coloca em
posição de resolver problemas, de responder a situações em que nos encontramos; ela nos dá um controle sobre a realidade” (Meyriat, 1981).
Para tanto, as Ciências da informação (CI) devem olhar para a história, porque os eventos atuais não podem ser compreendidos sem olhar para o passado (Jeanneret, 2009). Como as informações podem ser preservadas sem os dispositivos de memória? (Thiesen, 2022). Daí a importância dos arquivos e dos estudos sobre as condições em que a informação é produzida e circulada, especialmente quando os direitos humanos estão em jogo (Thiesen, Rodrigues, Frota, Almeida, 2017).
Assim, “o conceito de enciclopédia ou conhecimento enciclopédico poderia ser traduzido […] como o patrimônio cultural (de um indivíduo ou de uma comunidade), que inclui todas as experiências e informações, o conhecimento das convenções, o maior ou menor domínio dos códigos linguísticos, as referências religiosas, sociais e políticas […]” (Almeida, 2009).
Isso envolve pensar e questionar “a ideia de mediação [que] nos permite considerar um terceiro que é ao mesmo tempo nutrido pelo social, por meio do gesto mediador que ele incorpora e da implicação comunicativa que ele carrega, e ancorado na materialidade de uma situação e de um complexo de objetos” (Jeanneret, 2008). Um exemplo seria a produção de um “terceiro conhecimento” nos movimentos sociais e comunitários na América Latina, onde os diálogos e as retraduções entre várias formas de saberes (cultural, científico, histórico, social), inspirados por Paulo Freire, dão origem a uma forma prática de conhecimento. Um terceiro elemento mediador da infocomunicação, assim como um elemento político, são essenciais se quisermos entender e agir em situações críticas para determinados grupos da
sociedade (Marteleto, 2009).
A renovação dos usos científicos, sociais e educacionais da informação, portanto, coloca em questão as práticas, os sistemas, os espaços e os sistemas de informação em relação ao conhecimento, não apenas aquele produzido nas CIs mas também em outros campos, a fim de compreender as questões envolvidas nos processos de mediação.
Esse é particularmente o caso das Ciências da educação e da formação (ETS), onde o uso do conceito de mediação, emprestado primeiramente de Vygotsky (1985; Estivals, 1987) e, portanto, da psicologia, refere-se ao estabelecimento de uma terceira parte facilitadora, de uma relação entre os atores que aprendem e ensinam o conhecimento (Vergnaud, 2000). Assim, vários autores do ETS (Piot, Rinaudo) consideraram esse conceito uma abordagem proveitosa para qualificar e compreender esses fenômenos de ensino-aprendizagem. Mesmo se considerarmos que a “mediação” tem certa plasticidade e até mesmo polissemia, seu uso nos vários campos disciplinares ainda é, ao que parece, muito pouco teorizado e, acima de tudo, muito pouco operacionalizado para que possa “servir” à análise dos fenômenos. No entanto, a mediação nas CIS “fornece ferramentas para descrever os processos de informação-comunicação com um certo grau de precisão; torna possível requalificar socialmente a dinâmica e os regimes da cultura; leva os pesquisadores a questionar seu próprio lugar na circulação social do conhecimento” (Jeanneret, 2008). Esse é particularmente o caso no campo do meio ambiente e do papel do humano em um ambiente frágil, bem como no uso da informação nos campos da cultura e da ciência.
O objetivo do Colóquio será oferecer uma gama de percepções sobre os processos de mediação diante dos novos usos sociais e educacionais da informação.
As comunicações serão inscritas nos seguintes sub-eixos temáticos :
Eixo 1 – Usos sociais e educacionais da informação no campo da formação
A acessibilidade generalizada à informação tende a mascarar os processos de mediação, pois a ideologia “que traz a marca da eficácia retórica de um imaginário de transparência e de comunicação desprovido de mal-entendidos” também está na raiz dessa ideia, com “o apoio não esperado [do] ativismo da informação livre” (Jeanneret, 2005). No domínio escolar, essa acessibilidade traz uma relação diferente na construção do conhecimento, pois as situações de aprendizagem devem integrar essa relação direta, como na vida cotidiana. As dificuldades não decorrem do acesso à informação, hoje amplamente disponível, mas sim das dificuldades de apropriação destas informações (Baltz, 2013). Para os alunos, o acesso ao conhecimento complexo significa aprender a questionar as informações e desenvolver seu espírito crítico, ou seja, ser capaz de pesquisar, avaliar, selecionar, processar e organizar as informações com vistas à aprendizagem. De outro lado, os professores são confrontados com a necessidade de levar em conta as práticas e os usos dos jovens em termos de informações digitais, o que é necessário para apoiar a construção do conhecimento, levando em conta a disponibilidade massiva de informações.
Nesse sentido, “a prática da informação, em um contexto de aprendizagem ao longo da vida, requer atitudes de competência informacional para desenvolver habilidades que possibilitem a compreensão dos critérios de avaliação das fontes de informação disponíveis na Internet/web. Dessa forma, o indivíduo se torna capaz de perceber oportunidades e, portanto, tem a possibilidade de experimentar a ‘serendipidade’ (ou seja, descobertas por acaso) e evitar a desinformação” (Zattar, 2017).
Cabe às escolas ensinar como a informação é construída, processada, organizada e disseminada. Mesmo que seja lamentável que esse ensino nem sempre se baseie em um conhecimento claramente identificado a ser ensinado (Couzinet, Gardiès, 2009; Gardiès, 2018), pois isso leva a “manifestações da impossibilidade de o próprio professor legitimar os saberes… É na dinâmica saber/conhecimento/saber que se constrói o processo de ensino. Sem os saberes, o valor do conhecimento em uma determinada situação permanece casual e fortemente contextualizado, e nem o professor nem os alunos podem ‘transferir’ esses conhecimentos de uma situação para outra, porque não podem basear essa ‘transferência’ nos saberes (Margolinas, 2014). A necessidade de um processo de transformação contra o “epistemicídio”, ou o extermínio do conhecimento, deve ser colocada no centro das cartografias da epistemologia da Ciência da Informação e de suas narrativas no âmbito de uma epistemologia histórica crítica e contextual (Saldanha, 2021).
Então, como podemos entender os novos usos educacionais da informação? Que processos de mediação dos saberes precisam ser implementados para apoiá-los? Qual é o papel dos mediadores? Qual é o papel dos saberes das CIs nesse ensino e suporte? Como esses saberes contribuem no desenvolvimento de práticas especializadas?
Eixo 2 – Usos sociais e educacionais da informação no campo do meio ambiente e, de forma mais
ampla, das crises contemporâneas
« A relação entre meio ambiente e educação para a cidadania assume um papel cada vez mais desafiador, demandando a emergência de novos saberes para apreender processos sociais que se complexificam a cada dia. Neste ponto, é preciso que haja um processo educacional capaz de se posicionar politicamente e de realizar uma análise crítica aos diversos projetos socioambientais que disputam objetivos sociais e político-pedagógicos» (Maruyama, 2022).
Atualmente, estamos passando por grandes mudanças (crises sanitárias, mudanças nas relações de gênero, desastres ecológicos, conflitos armados, desenvolvimentos tecnológicos) que estão transformando nossa relação com o mundo (Rosa, 2018). Esse contexto gera incerteza e, ao perturbar nossos hábitos, leva à necessidade de mudar nossas práticas (Ihadjadene, Lekic, Lezon-Rivière, 2022). Há vários anos, questões ambientais como as mudanças climáticas, a erosão da biodiversidade e a finitude dos recursos naturais estão no centro dos debates. Essas preocupações ambientais deram origem a uma série de iniciativas, financiamentos e políticas com o objetivo de desenvolver, conscientizar e abrir nossas sociedades para uma consciência ambiental, natural e ecológica. É nesse contexto de urgência climática que a mediação e os usos sociais da informação podem nos ajudar a entender a necessidade de levar em conta essa urgência e integrá-la em nossas práticas profissionais, ao mesmo tempo em que nos conscientizamos do papel que cada um/a de nós pode desempenhar na difusão dos saberes e na conscientização sobre as questões relacionadas à biodiversidade.
Ao mesmo tempo, o cenário informacional contemporâneo exige análises orientadas por uma nova estrutura conceitual, composta por aspectos multidimensionais que refletem as diversas crises encontradas em nível local ou mundial (meio ambiente, pandemias e saúde, pobreza, guerras etc.). ): “um dos desafios atuais para as diversas ciências que buscam estudar tais fenômenos (inclusive a Ciência da Informação) é justamente identificar cada um desses aspectos, analisar os termos, conceitos e categorias utilizados para estudá-los e propor um quadro conceitual geral capaz de relacioná-los: fake news; discurso de ódio; negacionismo científico; desinformação; pós-verdade” (Araujo, 2022). Quais são os novos usos da informação em tempos de crise ambiental? Que papel os mediadores podem desempenhar? Que práticas de informação estão se desenvolvendo atualmente?
Eixo 3 – Usos sociais e educacionais da informação no campo da cultura e do patrimônio
“Quando queremos tecer os fios entre cultura e memória a partir de vestígios humanos, partimos do princípio de que a ligação entre os dois nos permite ver a materialidade dos artefatos produzidos pelos indivíduos. Esses artefatos tornam-se registros de conhecimentos sobre manifestações de identidade, linguagens, comportamentos e práticas cotidianas, que também podem ser observados em sua imaterialidade, como narrativas ou outros fragmentos de oralidade presentes na sociedade e sujeitos a um processo de inscrição” (Cavalcante, 2022).
No plano heurístico, entendido como a arte de encontrar e descobrir, as convulsões que estamos vivendo também podem se tornar uma fonte de invenção. Elas dão origem a novos “territórios” para a criação e reinvenção dos saberes. A cultura pode ser entendida como “objetos, ideias, artes, crenças e costumes” (Caune, 1995), em outras palavras, todos os elementos que permitem que as pessoas criem um segundo ambiente para si mesmas. A cultura como uma experiência singular e manifestação do indivíduo, uma experiência existencial, é um conjunto de regras ou símbolos que, por convenção social, organiza a circulação de informações e expressões.
A cultura é então vivenciada como uma conquista pessoal, não isolada da vida do cidadão comum, mas como parte integrante de sua vida cotidiana. Dessa forma, a cultura comum é composta de práticas sociais que têm significado para aqueles que as realizam (Certeau, 1980). Na França, por exemplo, as autoridades públicas estão empenhadas em aumentar a presença de artistas nos territórios, de modo a incentivar encontros com as comunidades locais (Pavan, Fabre, Aït-Ali, 2024 – no prelo). Ao permitir a criação de alianças temporárias entre residentes, no sentido amplo, e artistas, a residência é um dispositivo com uma missão dupla de democratização cultural e apoio aos artistas. As políticas públicas encontram desta forma uma forma eficaz de levar cultura aos locais que não têm acesso aos dispositivos culturais (Fabre, Desmet, 2022). Dessa forma, esperam criar ou até mesmo recuperar elos sociais. Porém, não existiria o risco de que a transformação das residências em ferramentas de ação cultural transforme a participação pública em uma maneira de preencher os espaços deixados vazios pelo poder (Rancière, 2000)? Esse é apenas um exemplo, mas e além de nossas fronteiras? Que movimentos reúnem centros culturais e movimentos de cidadãos? Qual é o papel da informação? Que formas de mediação são usadas para conectar os cidadãos ao patrimônio cultural de seu país? No campo específico do patrimônio, a pesquisa sobre o público e o vínculo social com as comunidades e os territórios se desenvolveu a partir do surgimento da nova museologia, que está tão interessada nos visitantes quanto nas coleções (Brulon Soares, 2015). No Brasil, a museologia social e a mediação produziram pesquisas pioneiras sobre o compartilhamento de tarefas patrimoniais entre comunidades locais e especialistas em patrimônio (Teixeira, 2016). As inovações resultantes dessas pesquisas sobre os novos usos sociais do patrimônio e suas informações estão levando a produções encenadas e reescritas que precisam ser identificadas e avaliadas (Fraysse, 2021). Os diálogos interdisciplinares, interprofissionais e internacionais sobre o patrimônio (De Bideran, Deramond, Fraysse, 2023) são capazes de produzir novos conhecimentos sobre os usos sociais e educacionais da informação no campo da cultura e do patrimônio?
Eixo 4 – Usos sociais e educacionais da informação no campo da pesquisa
“A abertura dos dados de pesquisa – para torná-los livremente acessíveis, compartilháveis e (re)utilizáveis – tem sido destacada como um elemento crucial para aumentar a velocidade, a quantidade e a qualidade dos resultados da pesquisa científica. Mas isso não garante as capacidades necessárias para a produção social, a apropriação e o uso dos dados, nem questiona o tipo de conhecimento que se torna visível e é reconhecido como relevante. Também é importante fornecer os meios e as condições para valorizar e levar em conta o conhecimento experiencial dos diversos atores sociais e cognitivos […] e abrir espaço para a inovação cidadã” (Albagli, Iwama, 2022).
A dinâmica atual de tornar a ciência pública, em um movimento para compartilhar e abrir os dados científicos para todos, já percorreu algumas etapas. “De fato, os dados são ao mesmo tempo unos e múltiplos (…) e singulares (…). Essa plasticidade dos dados e seu uso moldam as maneiras pelas quais eles são disponibilizados” (Schöpfel e Rebouillat, 2023). As questões políticas que envolvem a produção e a circulação do conhecimento pressionam o contexto da publicação científica entre abertura da ciência e suas implicações políticas, e o depósito de publicações com o máximo possível de seus dados, algoritmos e códigos-fonte. À medida que o cenário das informações científicas se recompõe, o compartilhamento de dados envolve operações de exposição, verificação e reprodução que correspondem à crescente necessidade de reprodutibilidade e replicabilidade (Fineberg, 2020). No centro dessa “dataficação” (Pontille, 2017) e desse movimento de reutilização de dados, esse gerenciamento envolve tanto a mediação quanto o conhecimento técnico específico dos dispositivos de infocomunicação mobilizados, para garantir um funcionamento eficaz (Sognos, Canizares, Gardiès, submetido). A “insistência, se não a obsessão com a natureza bruta dos dados a serem divulgados” (Denis e Goëta, 2016) não estabelece essa mediação como uma mediação dos saberes. A questão da fairização (ou FAIRização) dos dados tem precedência sobre o compartilhamento dos conhecimentos, embora este último seja apresentado como um princípio fundamental.
É importante ainda considerar “a epistemologia dos dados e a colonialidade algorítmica [que] passaram a ocupar o centro das preocupações sociais ligadas aos processos de produção e circulação de conhecimentos e informação. Trata-se de fenômenos sociotécnicos que se organizam em universos semióticos interconectados e que, quando estendidos aos ambientes digitais, reiteram e consolidam o altericídio e a rarefação das epistemologias, diversidades e agendas sociais” (Moura, 2022).
Então, como devemos abordar o compartilhamento de dados, desde o momento em que são depositados até o momento em que são usados? Como as profissões de informação e comunicação estão evoluindo diante desses dados? Quais competências, saberes e métodos de infocomunicação são necessários para os profissionais da informação, que estão se tornando cada vez mais profissionais de dados? Que formas de saberes e habilidades estão sendo promovidas ou desafiadas? Por meio de quais formas de mediação? Quais dispositivos? Quais são os novos usos sociais e educacionais da informação?
Modalidades de submissão:
1. Proposta de comunicação no formato de resumo:
As propostas devem ter no máximo 3.000 caracteres (formato doc ou odt, fonte 12), incluindo espaços (excluindo referências), e devem especificar o subtema ao qual estão relacionadas. Os textos devem conter as seguintes partes: apresentação sucinta do objeto da pesquisa, quadro teórico e metodologia, respondendo a um dos objetivos definidos nesta chamada. O resumo deve ser acompanhado de 5 palavras-chave e uma bibliografia. As propostas, redigidas em francês ou português, devem ser apresentadas em formato Word e submetidas pelo site do Colóquio: https://mussi2024.sciencesconf.org/
A aprovação final do trabalho obriga o autor, ou pelo menos um dos autores, a participar do Colóquio e a quitar o valor da taxa de inscrição.
Os autores das comunicações aprovadas devem enviar a versão definitiva em francês e português.
Modalidade de difusão dos resumos: Os resumos das comunicações estarão disponíveis por ocasião do Colóquio.
2- Publicação das comunicações em texto completo
Para as comunicações aprovadas e apresentadas em formato de resumo, será solicitada uma versão em texto completo para publicação.
O texto deve ter entre 30.000 e 35.000 caracteres, incluindo espaços e referências (formato Times 12, doc ou odt). Os autores devem anexar ao seu texto um resumo (estritamente limitado a 400 caracteres, incluindo espaços) e 5 palavras-chave em francês ou português, bem como uma versão em inglês. O texto deve ser endereçado pelo site do Colóquio : https://mussi2024.sciencesconf.org
Modalidade de publicação: somente serão publicados os textos selecionados que atenderem às modificações solicitadas. Os artigos finais serão traduzidos pelos autores em francês e português e serão publicados online na plataforma HAL.
Todas as etapas do processo de avaliação, desde as propostas de resumo até os artigos finais, serão realizadas na modalidade revisão por pares duplo-cego, como ocorre em todos os Colóquios e Jornadas Internacionais da Rede MUSSI.
Cronograma:
● De 01/03/2024 a 15/06/2024: envio de resumos em: https://mussi2024.sciencesconf.org/
Até 10/07/2024: resultados da avaliação dos resumos
● 11/07/2024: abertura das inscrições
● 18/09/2024: prazo de inscrição
● 18 a 20/11/2024: VI Simpósio Cientifico Internacional MUSSI 2024
● 15/01/2025: envio dos textos finais
● 15/03/2025: resultados da avaliação dos textos finais
● 15/04/2025: envio dos textos finais, em francês ou português.
● Maio de 2025: publicação no HAL e no site da Rede Mussi
Bibliographie indicative / Bibliografia indicativa:
Albagli, S. ; Iwama, A. Y. (2022). Citizen science and the right to research : building local knowledge of climate change impacts. Humanities and Social Sciences Communications, 39 (9).
https://www.nature.com/articles/s41599-022-01040-8#Ack1
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https://periodicos.ufmg.br/index.php/pci/article/view/23126
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https://repository.kisti.re.kr/handle/10580/16983
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